Então, se você gosta de robô, cara,
você vai adorar As Cavernas de Aço(Amazon). Eu Robô é claramente uma das primeiras
versões de As Cavernas de Aço em minha opinião. Eu Robô foi escrito em 1950 e o
protagonista é um detetive que não gosta de robôs que está resolvendo um
assassinato relacionado a robôs e, As Cavernas de Aço foi escrito em 1953 e tem
um detetive que não gosta de robôs que está resolvendo um assassinato
relacionado a robôs.
Mas enquanto o bandido em Eu Robô
era um robô clichê que deu errado, em As Cavernas de Aço é muito mais sobre intriga
policial. A terra mudou e a humanidade mudou, a raça humana agora vive em 51
planetas, a Terra é apenas mais um desses planetas. Todos os mundos espaciais
introduziram os robôs em sua sociedade em tal ponto que perdê-los destruiria
suas economias e mudaria completamente sua maneira de viver.
A Terra, no entanto, ainda nutria
um velho preconceito contra robôs, um ódio que já existia centenas de anos
antes, durante o tempo dos robôs de ferro, um incidente que espalhou ainda mais
a ideia de que todos eram inerentemente ruins para o planeta terra, porque,
como você pode imaginar, um robô assassino tentou acabar com a sociedade, isso
não fez muito pela opinião pública deles. Enquanto os povos espaciais os
adoravam, na terra eram vistos como inimigos. Por causa disso os 50 mundos
espaciais estavam à frente em avanços tecnológicos enquanto a Terra definhou.
Isso transformou a Terra no porão da galáxia, pobre, ignorante, e sem recursos,
comparada com os outros planetas.
Isaac Asimov provou estar a
frente de seu tempo ao criar um cenário onde os humanos nunca quiseram mudar
realmente, mesmo estando inseridos em uma sociedade que desfruta de uma alta
tecnologia, isso não foi o suficiente para melhorar a qualidade de vida dos
terráqueos. No livro As Cavernas de Aço, a cliente de uma sapataria reclama de
ser atendida por um robô e faz uma confusão ao
invés de simplesmente deixar ser atendida, um problema criado por ela mesma e não pela
máquina. Então, Asimov poderia observar o futuro e constatar o provável; que as
pessoas nunca realmente irão mudar.
O livro é chamado As
Cavernas de Aço, porque toda a população vive em cidades-domo que regulavam a qualidade do ar, a comida, a
temperatura, qualquer coisa que precisasse de controle. A personagem principal
Elijah Baley é um excelente detetive, que tem que desvendar um crime que ocorre
em uma cidade espacial que é o único porto espacial que resta na Terra, um
lugar administrado pelos próprios povos espaciais.
Os terráqueos não visitavam a
cidade espacial, pois não tinham desejo de sair da Terra, e mesmo que tivessem
os povos siderais nunca deixariam um terráqueo cheio de doenças frequentar seu
planeta, não existia doenças virais nesses mundos, e os mundos espaciais tinham
capacidade suficiente para acabar com a Terra completamente, irritá-los não
seria uma boa ideia.
Elijah Baley -ou Lijah- foi designado para
solucionar o crime, no entanto, os siderais nomeiam um robô para trabalhar no
caso também, uma vez que estavam com medo da ida de um humano até a cidade
espacial. Temos então o casal estranho clássico: o cara que odeia robô e um
robô, como os antigos seriados policiais. Ele parecia “humano” o suficiente,
havia rugas finas na testa e uma certa flacidez na pele abaixo dos olhos e
embaixo do queixo, seu cabelo era cinza e sem sinais de envelhecimento. As
orelhas eram grandes e bem afastadas, o que dava uma aparecia engraçada, isso confortava Baley.
Naquela manhã Baley foi olhar as
fotos do local do crime que seu comissário enviara e R. Daneel (R de Robô) o
levou até o local onde Baley encontrou um desintegrador espacial. Ao observar
as fotos Baley ficou surpreso por a vítima se parecer com Daneel ao que o
próprio robô esclareceu que se tratava de seu criador doutor Sarton. Ele
respondeu sem emoção nenhuma que foi criado à imagem de seu criador. A frase
foi uma surpresa para Baley, pois a bíblia foi divulgada de forma limitada nos
outros mundos.
Continua...
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